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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eclipse

"Bella, Não sei por que você está fazendo Charlie levar bilhetes ao Billy como se estivéssemos na segunda série, se eu quisesse falar com você teria atendido o Foi você quem escolheu, tá legal? Não pode ter as duas coisas quando Que parte de “inimigos mortais” é complicada demais para você Olha, sei que estou sendo um imbecil, mas não há como Não podemos ser amigos quando você fica o tempo todo com um bando de As coisas só ficam piores quando eu penso demais em você, então não escreva mais Sim, eu sinto sua falta também. Muito. Isso não muda nada. Desculpe. Jacob. Passei os dedos pela folha de papel, sentindo as marcas onde ele pressionara tanto a caneta que quase a rasgou. Eu podia imaginá-lo escrevendo isso — rabiscando as letras furiosas com sua caligrafia tosca, riscando linha após linha quando as palavras saíam erradas, talvez até quebrando a caneta com sua mão grande demais; isso explicaria as manchas de tinta. Eu podia imaginar a frustração unindo suas sobrancelhas pretas e enrugando sua testa. Se eu estivesse lá, poderia até rir. Não tenha um derrame cerebral por isso, Jacob, eu teria dito a ele. É só colocar para fora. Rir era a última coisa que eu queria fazer agora, ao reler as palavras que eu já memorizara. Sua resposta a meu pedido — passado de Charlie a Billy e depois a ele exatamente como na segunda série, conforme ele observara — não era surpresa. Eu sabia a essência do que ele ia dizer antes de abrir o papel. Surpreendente era o quanto cada linha riscada me feria — como se as pontas das letras tivessem bordas afiadas. Mais do que isso, por trás de cada começo irritado pairava um enorme poço de mágoa; a dor de Jacob me cortava mais fundo do que a minha própria."

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