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domingo, 22 de novembro de 2009

Maratona de Curitiba 2009

Hoje tive a oportunidade de observar como é a Maratona 42km de Curitiba. Como não estava fisicamente preparada para correr essa "pequena" rota, decidi ir de bike...
O Danilo levou as bike's (foi eu e o Vitor - tio do Danilo) e foram lá para casa (moro praticamente do lado da prefeitura), onde foi a largada e chegada da Maratona.
Ficamos ali, esperando o Danilo largar junto com o pessoal masculino e fomos esperar ele em frente ao museu do olho, para daí sim dar início as nossas pedaladas.
Quando meu digníssimo chegou ao local, começamos nosso trajeto de bike rumo aos 42km atrás dele.
Como não gostam que o pessoal vá de bike acompanhar o pessoal correr, eles meio que nos obrigam a ir pela calçada. Agora vou confessar....andar nas calçadas de Curitiba não é nada legal e muito menos agradável, além do que as pedras são todas irregulares e soltas, o que obvio atrabalha o percurso. Outro problema que encontrei (isso é um problema sério para os cadeirantes), é que são em poucas esquinas que existem aquele rebaixo da calçada para o cadeirante, o que difículta muito para eles.
Enfim, por causa desses detalhes das calçadas ficamos um pouco mais para trás e nos afastamos do Danilo, a gente encontro ele la na rápida para o pinheirinho!!! depois de 12km de pedaladas.
Estava calor e o sol batia ardentemente no meu rosto, batia aquela cede e muita fome, pois eu não tinha tomado café da manhã e já haviamos pedalado 1 e meia de baixo de sol.
Mais algumas pedaladas e chegamos ao km 30 (2h e meia depois da largada), Danilo começa a sentir as primeiras fisgadas nas coxas e nas popliteas...o que estava encomodando muito e diminuindo seu ritmo. Como forçou bastante, no km 32 ele começa a caminhar, pois a dor é muito grande (Av. Marechal Floriano - sentido Hauer).
Depois de muito esforço chegamos no km 34 e junto com ele uma chuva e muito vento, mais nós ficamos ali, firme e forte dando o maior apoio ao meu noivo, para que ele nao desistisse, mesmo eu morrendo de frio e não conseguindo enxergar quase nda na minha frente...
Com muito esforço, chegamos na Av. Cândindo de Abreu e ao km 41...ufaaa!!! depois de 4h e 45 minutos chegamos ao nosso destino.
Foram muitas aventuras hj, entre caminhões, ônibus, carros, motos, tias chatas falando p a gente andar na calçada, mais valeu a pena.
Acho que o que vale mesmo é o companherismo e o apoio entre qualquer pessoas.
=D

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A pena de Pavão

Hoje vou postar um texto muito interessante que recebi, vale muito a pensa ler e refletir. Conta uma lenda árabe que um nômade do deserto resolveu, certo dia, mudar de oásis. Reuniu todos os utensílios que possuía e de modo ordenado, foi colocando-os sobre o seu único camelo. O animal era forte e paciente. Sem se perturbar, foi suportando o peso dos tapetes de predileção do seu dono. Depois, foram colocados sobre ele os quadros de paisagens árabes, maravilhosamente pintados. Na seqüência, foram acomodados os objetos de cozinha, de vários tamanhos. Finalmente, vários baús cheios de quinquilharias. Nada podia ser dispensado. Tudo era importante. Tudo fazia parte da vida daquele nômade, que desejava montar o novo lar, em outras paragens, de igual forma que ali o tinha. O animal agüentou firme, sem mostrar revolta alguma com o peso excessivo que lhe impunha o dono. Depois de algum tempo, o camelo estava abarrotado. Mas continuava de pé. O beduíno se preparava para partir, quando se recordou de um detalhe importante: uma pena de pavão. Ele a utilizava como caneta para escrever cartas aos amigos, preenchendo a sua solidão, no deserto. Com cuidado, foi buscar a pena e encontrou um lugarzinho todo especial, para colocá-la em cima do camelo. Logo que fez isso, o animal arriou com o peso e morreu. O homem ficou muito zangado e exclamou: "Que animal mole! Não agüentou uma simples pena de pavão!" Por vezes, agimos como o nômade da história. Não é raro o trabalhador perder o emprego e reclamar: "Fui mandado embora, só porque cheguei atrasado 10 minutos." Ele se esquece de dizer que quase todos os dias chega atrasado 10 minutos. Outro diz: "Minha mulher é muito intolerante. Brigou comigo só porque cheguei um pouquinho embriagado, depois da festinha com os amigos." A realidade é que ele costuma chegar muitas vezes embriagado, tornando-se inconveniente e até agressivo. Há pessoas que vivem a pedir emprestado dinheiro, livros, roupa para ir a uma festa, uma lista infindável. E ficam chateadas quando recebem um não da pessoa que já cansou de viver a emprestar! Costuma-se dizer que é a gota d’água que faz transbordar a taça. Em verdade, todo ser humano tem seu limite. Quando o limite é ultrapassado, fica difícil o relacionamento entre as pessoas. No trato familiar, são as pequenas faltas, quase imperceptíveis, que se vão acumulando, dia após dia. É então que sucumbem relacionamentos conjugais, acabam casamentos que pareciam duradouros. Amizades de longos anos deterioram. Empregos são perdidos, sociedades são desfeitas. Tudo se deve ao excesso de reclamações diárias, faltas pequenas, mas constantes, pequenos deslizes, sempre repetidos. Mentiras que parecem sem importância. Todavia, sempre renovadas. Um dia surge em que a pessoa não suporta mais e toma uma atitude que surpreende a quem não se dera conta de como a sobrecarregara, ao longo das semanas, meses e anos. * * * Fique atento em todas as suas atividades diárias. Não deixe que suas ações prejudiquem a outros, mesmo que de forma leve. Não descarregue nos outros a sua frustração ou insatisfação. Preze as amizades. Preserve a harmonia do ambiente familiar. Seja você, sempre, quem tolere, compreenda e tenha sempre à mão uma boa dose de bom senso.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Dia dos Designers..

Parabéns a todos os designers dos mundo..

terça-feira, 3 de novembro de 2009

AntiDesign..

O texto que vou postar hoje é meio antigo, ele foi publicado no segundo semestre de 2007. O texto que na real é um manifesto cuja intenção era expandir a discussão sobre a atuação do designer e os rumos que a profissão estava tomando. É elogiável a intenção do manifesto, na medida em que propõe uma reflexão crítica sobre o design.
“Designers gostam de brigar, vivem na sua panelinha, são ignorantes em filosofia, são passivos, são ignorantes em design, são preguiçosos e só querem a prática, vivem pensando apenas numa abstração chamada “mercado”, são escravos do neoliberalismo, são escravos do modelo americano, lidam com abstrações como “mercado, design”, sem saber do que se tratam. Os estudantes de design também são conformados ou ignorantes. “Os designers” rejeitam a teoria, abraçam o tecnicismo, a prática. Eles não tem discussões teóricas com professores, só querem a prática. Os designers dependem do mercado. Sem o mercado, o Design perde identidade, pois professores ensinaram que se não vende e não tem propósito, é arte. Designers não refletem sobre o próprio design e isso gera a falta de reconhecimento da profissão. Quando surge um olhar externo, fora do modelo de design atual, ele não é ouvido pela maioria.” Em primeiro lugar, que “designers” são esses? Estereotipar a figura do designer, dizendo que “os designers isso, os designers aquilo”, ou seja, todos são iguais, é ser simplista demais. Nem por um milagre ou incrível coincidência, seria possível encontrar um designer que fosse exatamente igual a outro em tudo. Portanto, generalizar dizendo que existe uma figura chamada “O Designer” é perigoso e coloca em dúvida qualquer afirmação que se faça sobre ele. Em segundo, será que essas características de adoração à prática, rejeição da teoria, subordinação ao mercado e à política são características só dos “designers”? Sabemos que não. Médicos, capoeiristas, engenheiros, policiais, enfim, muitas profissões também padecem desse mal. Esses comportamentos que são condenados pelo manifesto refletem menos um problema pessoal e mais um problema educacional, que nasce nas famílias, não só nas faculdades ou cursos técnicos. Concorrência Alguns designers brigam contra micreiros e publicitários, mas médicos também brigam com farmacêuticos, fonoaudiólogos brigam com médicos, engenheiros brigam com arquitetos que brigam com decoradores que brigam com as costureiras que fazem cortina em casa. E porque brigam? Não é porque são designers. É porque são seres humanos que sentem medo, ciúme, inveja ou simplesmente se sentem mais vivos quando entram numa disputa. Conformismo Alguns designers também são conformados e não criticam, devido a fatores culturais. O brasileiro é passivo. Desde o ensino fundamental, é ensinado a aceitar tudo que vem dos professores como lei. Levantar a mão e contradizer um professor merece apedrejamento nas faculdades, pois muitos brasileiros, sejam professores, alunos ou designers formados, tem dificuldade em aceitar a crítica e levam pro lado pessoal. Isso gera um ciclo perpétuo, onde eu não critico você, que também não me critica. E isso não é um problema só pros designers. Prática E a adoração à prática, seria um privilégio dos profissionais de design? Não. Que um raio caia na minha cabeça, se apenas os designers gostarem de “cursos práticos”. A rejeição à teoria tem raízes muito mais profundas do que se imagina. A ênfase no trabalho manual, o analfabetismo funcional e a dificuldade em escrever e interpretar textos, a deficiência didática dos professores, a urgência dos tempos, a lei natural do menor esforço, enfim, são muitos fatores que fazem o ser humano querer o caminho direto que leve à realização.
Ditadura do mercado Com respeito à obediência ao mercado, isso também não é característica exclusiva dos designers. Essa sujeição capitalista está menos ligada à ignorância dos designers e sim a uma questão de sobrevivência imediata e subordinação econômica, onde quem detem o capital manda e quem precisa dele obedece. Obviamente, isso não agrada todo mundo, mas a forma de combater isso seria igualando o poder gerado pelo capital financeiro com o poder gerado pelo capital do conhecimento. Só que as instituições educacionais não conseguem isso e essa equalização não acontece. Resumindo, o buraco é mais embaixo, e esse descontentamento dos designers com a lógica capitalista neo-liberal não vai se resolver assim tão facilmente. Um modelo melhor Sobre a relação do designer com a teoria, prática, política, consumo e tecnologia, vale a pena comentar aqui o excelente texto “O designer valorizado”, de Nigel Whiteley (in ARCOS: design, cultura material e visualidade. Rio de Janeiro: Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Design da Escola Superior de Desenho Industrial, out. 1998, v.1 n.1, p. 63-75). Nesse texto de 1998, Whiteley propõe algo parecido com o que prega o Manifesto Anti-Design, quando propõe um modelo equilibrado de ensino do design que não seja totalmente excludente nem extremista, que atenda ao mercado sem ser um escravo dele. Ele diz: Precisamos, para o próximo século, de designers criativos, construtivos e de visão independente, que não sejam nem ‘lacaios do sistema capitalista’, nem ideólogos de algum partido ou doutrina e nem ‘geninhos tecnológicos’, mas antes profissionais capazes de desempenhar seu trabalho com conhecimento, inovação, sensibilidade e consciência. Às escolas de design cabe a responsabilidade de fomentar essas qualidades no aluno, e não uma atitude de atender resignadamente às vicissitudes de um sistema consumista obcecado com lucros rápidos e com o curtíssimo prazo. As escolas e faculdades devem satisfações a toda a sociedade e não apenas àquelas empresas que empregam designers diretamente. O designer precisa ser formado para ser verdadeiramente profissional, no sentido em que fala a profissão médica, e para ter consciência de suas obrigações para com a sociedade como um todo e não apenas com os lucros do seu cliente. O designer precisa ser hipocrático, não hipócrita. Pra finalizar, concordo com o manifesto, quando ele se posiciona contra fórmulas prontas da academia e contra os achismos dos designers. Mas acredito que isso não é um problema do design. Isso é um problema das pessoas. Portanto, o nome Anti-Design não reflete adequadamente a essência do manifesto, pois o que se deve combater não é o design em si e sim os mau designers.